Na sacada da ilusão...

Quando o chão da vida se abriu,
submergindo a todos... Eu bem pude ver, a tudo...
Logo o céu desabou por sobre os que resistiam,
e selou o final dos seres do planeta...

O sol e a lua, livres dos compromissos,
deram-se as mãos e partiram...
O dia e a noite também se encontraram,
e mau puderam conter as emoções.

As estrelas, todas espalhadas pelo chão,
corriam de um lado para o outro,
brincando feito crianças felizes!

E o mar,correu para o rio, que de tão cheio
transformou-se em outro mar... Num mar apenas!
Sem peixes, e sem marinheiros...

As pessoas todas se esvaíram em meio à trágica
fúria do universo... Eu... No entanto!
Não sei se por sorte, ou desprezo. Nem fui notado, lá,
“na sacada da ilusão”... Onde te esperava todos os dias...
“Há séculos”... De onde imune, presenciei a retaliação do mundo,
sobre os seres do mundo!... Onde você jamais apareceu...
E onde ainda hoje, te espero!...

LUIZ CAIO