Minha inspiração

Às vezes ouço musicas para me inspirar... Vejo cenas emocionantes de filmes, novelas, ou mesmo da vida real... Não gosto porem, dos apelos emocionais... Alias, detesto as explorações que alguns programas de TV fazem à desgraça alheia... Acho pobre... Ridículo!... Mas minha inspiração vem mais da tristeza que da alegria. Sempre que estou triste, com certeza escrevo algo significante “Para mim!” No entanto, e felizmente, há tempos não tenho tido motivos para ser uma pessoa triste... E por isso, ouço musicas tristes, vejo cenas fictícias das tramas emocionantes cinematográficas, novelísticas, teatrais... Enfim! Busco uma tristeza que um dia tive, e que hoje já não tenho... Mas isto não é hipocrisia. Não é apelo, e tampouco desespero... Isto é lealdade! Lealdade aos meus versos, que sempre me ampararam, estiveram ao meu lado e, nunca, jamais me faltaram às vezes em que eu sofria, e não tinha com quem contar ! Não sou uma pessoa triste! Mas tenho uma alma que se identifica muito com a tristeza. Costumo dizer que tenho uma alma de poeta... “Alma de poeta!” (Não confundir com... Sou poeta!) Bem que gostaria de ser !... Mas para ter inspiração para escrever, eu necessariamente, não preciso estar triste, ou estar feliz, e nem mesmo estar emocionado... Inclusive, é até muito comum eu acordar pela manhã com a cabeça cheia de tolices, me sentar diante do pc... E sair escrevendo sem rumo!...

LUIZ CAIO