LUIZ CARLOS

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domingo, 30 de março de 2008

Vitinho (conto)

Sempre teve bom coração, “o meu Vitinho”. Mal criação não fazia “ eu mesma ensinei respeito”.
Pai não teve, mas fome nunca passou. Meio tímido, mas amigos sempre teve, por conta de bebida que pagava até pra quem não conhecia... Ah! Vitinho meu filho! Arranjava sempre uma moça pra ficar gostando. Mas nunca Teve muita sorte com mulher! “Era muito só, o meu Vitinho”! Falar, não me falou, mas coração de mãe, vocês sabem... Eu tenho comigo que ele andava gostando da Clarice filha do Chico... “Aquela uma que o tarado pegou dia desses”! ___Mas ficou tão assustado o meu Vitinho! Queria até abandonar a Cidade... Igual quando aconteceu com as outras moças que ele gostava, e que o tarado também pegou... “Pobre Vitinho!” Ultimamente andava preocupado! O motivo não dizia, ___mas coração de mãe não se engana!. Ele gostava mesmo é da Clarice! “ Aquela uma que o tarado matou!...” Que nem as outras cinco que ele, “ o meu Vitinho” também gostava... Mas já fazia tempo que a policia andava atrás do assassino, e o delegado disse no radio que já sabia o nome de quem era o criminoso, e que estava só esperando a resposta dum exame que provava. “Tão estranho ficou o meuVitinho!...” O coitado parecia até que tava adivinhando... Ele não me disse nada, mas eu sabia do seu medo. “Coração de mãe, vocês sabem”... Naquele dia ele chegou em casa nervoso,entrou apressado,colocou na bolsa umas peças de roupas, me deu um beijo no rosto, me pediu perdão “não sei porque!” depois saiu Correndo rua abaixo até alcançar a estrada. Correu mais alguns metros e se embrenhou mata adentro. Quando o delegado mais os soldados foram lá em casa atrás do meu filho,eu falei Poucas e boas pra eles...“Briguei mesmo!” Eu falei porque que eles envés de ficar atrás do meu menino não iam correr atrás de bandido que era a obrigação deles? Daí eles se zangaram e foram embora. Mas tinha ainda todo o povo da cidade que armados de paus e pedras se embrenharam pela mata correndo atrás do meu Vitinho, e jurando que ele não escapava. __ Pobre Vitinho! foi confundido; Coitado!... Eu queria ter podido ajudar “o meu Vitinho”, Queria ter podido dar a ele asas bem grandes para que ele pudesse ter voado e nunca ter sido alcançado pela aquela gente. E não tivesse sido tão maltratado! E não tivesse acontecido nada... Eu queria ter podido dar a vida mais uma vez pro meu Vitinho. Queria que esta gente não tivesse tido tanto ódio do meu filho! E que nunca tivessem confundido ele com um tarado assassino. Porque isso ele não era! “Não o meu Vitinho!”...


LUIZ CAIO

Um comentário:

Unknown disse...

👏👏👏 sensacional!